Por Pedro Moura
do Feira-Livre
O aumento da população idosa no Brasil está crescendo e com isso os problemas de saúde, que são naturais com a chegada da idade, fazem com que cresça o número de pessoas que se doam a esses familiares. Segundo dados do IBGE, em sua pesquisa de 1º de agosto de 2000, o total absoluto é de aproximadamente 10.800 mil idosos, ou seja, 7,3% da população brasileira. As mudanças na vida de quem começa a cuidar de um parente idoso tomam rumos diferentes e difíceis para muitos. Em sua maioria por causa de doenças degenerativas como Alzheimer, osteoporose entre outros, nossos pais e avós passam a ter os papéis invertidos e as novas funções que os filhos assumem assustam.
É grande o número de familiares-cuidadores e a maioria passa por momentos de aflição, principalmente pela situação de solidão e ter como fardo a responsabilidade de tratar de alguém querido. Por todo o Brasil existem grupos de ajuda que possuem psicólogos, terapeutas ocupacionais, geriatras, entre outros, para que esses cuidadores possam desabafar e encontrarem apoio mútuo. Em sua maioria os idosos dependentes necessitam de uma maior atenção, devido a limitações naturais que o nosso corpo possui com o avançar da idade. Assim, o cuidador deixa de lado sua vida particular para que tenha todo o tempo disponível ao idoso dependente.
Diversão
Saídas para festas, cinema, praias e uma cerveja com amigos é o que mais sentem falta os cuidadores e quando o fazem ficam preocupados se o telefone celular toca. Poderá ser aquela notícia que não se quer receber.
Para Luciano Valadares (36), que sempre cuidou de sua mãe, após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC), sua vida resumiu-se a estar sempre por perto e não tinha vontade de mais nada, pois “a qualquer momento ela poderia precisar de alguma emergência”. Agora sua luta é com o pai que, além de estar lúcido, precisa de cuidados por ter problemas cardíacos, diabetes e colesterol alto. Há pouco teve que viajar a São Paulo e temeu deixá-lo com seus irmãos que moram próximo. Luciano, ou Ló como é conhecido, não casou e pensa um dia ter uma vida “normal” para poder divertir-se, coisa que agora sente falta após sua temporada em outro estado e ter “experimentado o gosto da vida noturna”.
Há quase quatro anos cuidando do pai que tem cardiopatia, diabetes e hipertensão; da mãe que também é hipertensa e que tem sua visão direita totalmente perdida e com apenas 30% da esquerda e da avó que já perdeu a visão e é hipertensa, Erivaldo Martins (40), militar, se vê na situação de ter que ir para o Rio de Janeiro e busca uma saída para poder continuar aqui em Pernambuco e manter o apoio a seus familiares. A ajuda dos irmãos é quase nula , pois a única irmã que mora com a avó e os pais, também tem problemas mentais. Os outros dois irmãos moram longe e não podem ajudar financeiramente. Ao sair com amigos, no final do expediente, para um momento de distração, não costuma ficar até muito tarde, ou dar aquela “esticadinha”, pois se preocupa com seus entes e quer estar preparado para qualquer emergência; como ocorreu quando esteve pela ultima vez em Porto de Galinhas para um final de semana, que quase não aconteceu por causa da preocupação.
Literatura
Reprodução

A jornalista Marleth Silva publicou um livro que é voltado para pessoas que cuidam de familiares com demência, Alzheimer, Parkison entre outras. Em “Quem vai cuidar dos nossos pais?” a autora aborda os problemas que familiares enfrentam, como depressão, solidão e, por vezes, acharem que não fizeram todo o possível para ajudar a pessoa que sempre esteve pronta a estender a mão. No site da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), encontramos vários textos científicos sobre este assunto, um Manual do Cuidador, além de dicas que podem ajudar. Alguns familiares deixam seus depoimentos do convívio por tempos com seus parentes. Em um deles, há o caso de uma filha que entrou com um hábeas corpus para tirar a mãe de uma casa de repouso. Psicólogos e médicos dizem que o melhor é a pessoa não esquecer de cuidar de si para que possa estar pronto para atender e como saída para essa situação, a ajuda de outros familiares. Ter o apoio de outros membros da família é essencial, principalmente quando o caso envolve dinheiro, já que o cuidado com a saúde do idoso envolve gastos que ultrapassa os ganhos mensais. Para que esses idosos tenham apoio existe no Real Hospital Português a clínica especializada em geriatria e gerontologia, Geria Vida, que é dirigida pela doutora Maria do Carmo, que também mantém sua clínica particular, com o mesmo nome, em Casa Forte e a Associação Brasileira de Alzheimer – Regional Pernambuco (ABRAz-PE)
Serviço:
ABRAz - Regional Pernambuco
- Grupo de Apoio São Marcos: primeira 4ª feira do mês, às 14:30 h. - Clube da 3ª Idade São Marcos - Rua Pacifico dos Santos, 124 - Paissandu - Recife, sob coordenação Sra. Cleonica Lins Albuquerque.
- Grupo de Apoio Boa Viagem: terceira 3ª feira do mês, às 15:00 h. - Salão Paroquial da Igreja N. Sra Boa Viagem - Rua Dr. Nilo Dornelas Câmara, 116 - Boa Viagem - Recife, sob a coordenação de Irmã Maria de Fátima Dantas.
- Centro de Ativação Cerebral: segunda e terceira 5ª feira do mês, às 15:00 h. - Casa Paroquial de Casa Forte - Praça de Casa Forte - Recife, sob a coordenação de Dra. Mauriceia Tabosa Ferreira Santos.
- Atendimento Individual à Família: primeira e segunda 4ª feira do mês, das 09:00 às 12:00 h – Geriavida de Casa Forte – Rua Jacó Velosino, 101 – Casa Forte – Recife.
- Atendimento à Família: entrevistas e visitas com dia, horário e local a combinar. Coordenação de Sra. Cleonice Albuquerque no fone: (0xx81)3223-1129.
- Informações e Sede: toda 4ª e 6ª feiras, das 09:00 às 12:00 h - Av. Afonso Olidense, 1764 – Várzea – Recife, com Sra. Carmelita L. Ferreira Cicalese – Fone: (0xx81) 3271-4270.
- Geria Vida - Real Hospital Português – Fone: 3416-1678 (Dra. Maria do Carmo)
- Geria Vida – 3269-4282 (Dra. Maria do Carmo)
Título: Quem vai cuidar dos nossos pais?
Subtítulo: a inversão dos papéis quando a idade avança.
Autor: Marleth Silva
Editora: Record
Assunto: Auto-Ajuda
ISBN: 8501075639
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Ano de lançamento: 2006
Número de Páginas: 240
Na Internet:
- http://www.alzheimer.med.br/abraz.htm
- http://icones.com.br/abrazpe/
- http://www.apaz.org.br/index.htm
- Tatiana Lemos de Almeida: tatilemo@yahoo.com.br (Tese de Mestrado: "Características dos cuidadores de idosos dependentes no contexto da Saúde da Família")
- http://www.rhp.com.br/mr-148/pag11.html
Um comentário:
Extremamente interessante sua pauta e a execução dela, Pedro! Quanto aos princípios de webwriting, aprendidos nesta disciplina, preciso lembrá-lo de dar os respiros entre parágrafos (espaços de uma linha em branco). A indicação de links para outros sites de conteúdo correlato e o serviço foram apostas certeiras, parabéns.
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