sexta-feira, dezembro 01, 2006

60 Anos de Música

Do Feira Livre
Por Juliana Pinho


Nascido no Rio de Janeiro em 26 de outubro de 1942, mas levado pelos pais para Minas Gerais, o menino calmo e simples não demorou muito para mostrar o seu talento, apenas com 13 anos, o poder dos instrumentos começaram a ganhar vida nas suas músicas, algo que corre nas suas veias. Filho adotivo de Josino Brito Campos (bancário, professor de matemática e técnico de eletrônica) e de Lília Silva Campos (professora de música), usa o sobrenome de sua mãe biológica, Maria do Carmo Nascimento (empregada doméstica).

Aos 15 anos, ganhou um violão e assim começou a se apresentar em bailes e show em Minas. O garoto tranqüilo conheceu alguns dos seus futuros parceiros como Márcio Borges, seu irmão Lô Borges e Fernando Brant, em 1963, quando resolveu ir para Belo Horizonte tentar vestibular para economia. Na capital, ele começou a compor com maior freqüência, apesar de trabalhar em um escritório de contabilidade durante o dia, e cantar em boates à noite.

As primeiras músicas foram surgindo logo no ano seguinte, em parceria com Lô Borges, entre elas, Novena, Gira girou e Crença. Em 1965, ele foi para o Rio de Janeiro, onde integrou algumas bandas, até formar o Quarteto Sambacana, liderado por Pacífico de Mascarenhas, gravando o seu primeiro disco.

O talento do jovem começou a ser reconhecido no meio artístico até que, em setembro de 1966, uma de suas composições foi gravada por Elis Regina.
Através da amizade com Agostinho dos Santos, teve três de suas músicas inscritas no segundo Festival de Música da TV Globo, recebendo o prêmio de melhor intérprete.

O ano de 1984, representou um marco profundo para o cantor Milton Nascimento, agora vocês sabem de quem eu tanto falava. Ao lado de Wagner seu companheiro fiel, Milton comemorou 25 anos de carreira, amizade e parceria com o disco e show Milton Nascimento ao Vivo. E neste ano, uma canção da dupla se tornou o Hino das Diretas e comoveu o Brasil. Coração de Estudante, é a trilha sonora do nascimento de um novo país. Criado para a trilha do filme Jango, de Silvio Tendler, o tema passou a ser um dos mais executados. O LP lançado em 1985 leva a canção como título e teve mais de 100 mil cópias vendidas, um recorde difícil de ser quebrado na música instrumental.




Produção de Áudio Luciana Oliveira

2 comentários:

Manuela Allain Davidson disse...

Luciana, quando eu achei que estava começando - e bem! - sua sonora terminou. Foi legal você ter respeitado o limite de tempo para uso de áudios alheios (que se não tivesse feito, poderia representar quebra de direito autoral), mas senti falta de mais informação no seu material. Aqui você teria algumas opções: fazer entrevistas, contar fatos históricos do Brasil associados à carreira e à música de Milton, por exemplo, ou quem sabe fazer uma breve coletânea - respeitando o tempo regulamentar - de retrospectiva da carreira dele... Ficam os toques.

Manuela Allain Davidson disse...

Juliana, o parto deste post sobre a carreira do Milton Nascimento me pareceu um pouco doloroso para você, mas no final parece que deu tudo certo. Há algumas orações longas demais, confusas, mas que se ajeita com substituição de certas vírgulas por ponto final. Gostei do trocadilho quando você fala de Coração de Estudante como o hino das Diretas e diz que a música é a trilha sonora do NASCIMENTO de um novo país. Criatividade é sempre algo bem vindo em qualquer texto, independente do veículo em que seja publicado. Parabéns.