segunda-feira, novembro 20, 2006

Um toque de charme no trabalho policial

Por Joffre Bandeira
Do Feira-Livre

Quem pensa que ser da policia é coisa somente para os marmanjos está muito enganado. Engana-se também quem acredita que a personagem Kate Marrone existe apenas no cinema. Atualmente, 1000 mulheres trabalham no quadro efetivo da polícia militar (PM), que tem um total de 17 mil pessoas na ativa. Elas têm as mesmas prerrogativas dos homens e garantem que o charme e a delicadeza também combinam com revolver, algemas e autoridade policial.

Um dos destaques da força policial feminina em Pernambuco e exemplo de que mulher também pode usar farda e prender ladrão, é a capitã da PM Daniele Siqueira. Na polícia há 20 anos, Daniele é uma oficial das mais experientes e operacionais. Ela já passou por batalhões onde a ação repressora da PM é constante, como no caso do 1° BPM, do Batalhão de Transito e ainda outro no interior do Estado.

Daniele é filha de um Coronel Reformado e tira de letra o dia-a-dia da profissão. “Nunca tive dificuldades em exercer minhas funções, mesmo sendo mulher. Apenas uma vez tive um problema com um praça quando trabalhei em Nazaré da Mata, ele não se sentia a vontade em receber ordens de uma mulher, mas o caso foi resolvido pela hierarquia mesmo”, comenta.

De acordo com a capitã, a hierarquia e a disciplina dentro da corporação ajudam muito as mulheres. “Quando dou uma ordem a um soldado, quem está falando naquele momento é a oficial, independente do sexo. Isso contribui bastante para uma perfeita conduta no trato profissional”, diz Daniele.

Quando o assunto são as cantadas, Daniele se envaidece e revela que já recebeu várias. “É normal quando estamos na rua, trabalhando, recebermos algumas cantadas. Mas isso eu levo na esportiva. O importante é que a sociedade tem respeitado as mulheres policiais. Senti isso quando fazia as abordagens no Batalhão de Transito”, conclui a charmosa oficial da PM que é casada com um Tenente, também da corporação. Portanto, nada de gracinhas se cruzarem com ela por ai.

A policia civil de Pernambuco também tem suas belas mulheres que se destacam em suas funções. É o caso da delegada Débora Tenório, 32 anos. Ela sempre sonhou em ser policial, e o fato de ser mulher nunca atrapalhou a sua realização. “Fiz o concurso concorrendo igualitariamente com os homens. Não há distinção. Dentro da delegacia, os colegas policiais homens sempre me respeitaram, nunca tive problema em impor minha autoridade, necessária ao cargo de delegada”, diz.
Quando questionada sobre o trato recebido pelos bandidos, Dr. Débora é enfática. “Bandido é banido em qualquer lugar. E deve estar sempre preso. Também não tenho problema quanto a isso. Na hora de ficar frente a frente com um marginal deixo o batom de lado e uso apenas minha arma”, comenta a delegada que há cinco nos empresta seu charme à delegacia distrital de Garanhuns, interior de Pernambuco.

Débora Tenório e Daniele Siqueira são exemplos de que nesta profissão extremamente masculina também tem lugar para as damas. Aqui para nós, é bem melhor ser abordado por uma policia feminina do que por um marmanjão de bigodes. Se bem que policia é polícia, independente do sexo, mas as mulheres sempre serão mais sensíveis e educadas, mesmo de farda e arma em punho. Muito cuidado ao toparem com estas “Keites Marrones” pernambucanas.

Clipe em homenagem às mulheres policiais



Produção de vídeo Leonardo Santos

Produção de áudio Bruno Ribeiro

5 comentários:

Renata Silveira disse...

Joffre,

Ficou muito legal tua matéria...gostei demais!
muito criativo, em breve espero seguir os passos dessas "Keites Marrones"
Além de Jornalista serei Delegada hehehehe xeros Renata Silveira

Anônimo disse...

Obrigado Renata, tambem gostei deste texto, me esforcei para faze-lo da melhor forma. Seu reconhecimento me envaidece. Abraços... Joffre

Manuela Allain Davidson disse...

Leonardo, você é excelente em fugir do óbvio! Seu vídeo em homenagem às mulheres policiais, desde a abertura, é show de bola. O assunto é sério, claro, e as profissionais são respeitadas, mas um pouquinho de humor e de Loucademia de Polícia não faz mal a ninguém. Excelente exemplo de conteúdo expandido! Espero que no futuro você possa aproveitar sua criatividade e talento numa mídia que seja tão multi quanto você. Parabéns!

Manuela Allain Davidson disse...

Bruno, ficou até divertida a sua entrevista pela falta de edição. A voz da personagem - imagino que entrevistada por telefone - estava tão boa quanto a da babá dos Muppet babies. Uma dica para o futuro... do mesmo jeito que o Movie Maker permite cortar clipes de video, é possível cortar clipes de áudio. A edição não ficaria maravilhosa mas daria para ter retirado o primeiro erro de gravação e o telefone tocando - se fosse sua intenção, claro. Produção interessante...

Manuela Allain Davidson disse...

Joffre, faço das palavras de Renata as minhas - apesar de não querer trocar o batom por um revólver. Impressionante como você conseguiu passar a cantada nas policiais e ainda repetiu o feito em sua redação, hahah! Tenho certeza que se lerem, elas ficarão envaidecidas com tantos adjetivos e charmosas! Falando sério, o texto está muito bom! Só tem aqueles pequenos detalhes de acentuação (basicamente) que parecem ter escapado. Parabéns!