segunda-feira, junho 04, 2007

Crônica


Meu Primeiro Amor

Por Paula Regina
do Feira Livre

Alguns meses atrás chegou em minhas mãos uma edição da revista ISTOÉ, dada por uma amiga que repetia: “Lê essa matéria aqui, ‘Meu primeiro amor’. Não esquece, é importante”. Li a matéria, mas não entendi a insistência da pessoa. Pensei: “será que ela está insinuando que minha filha está apaixonada?”.

Não resisti e liguei para a tal amiga. Ela me disse que quando leu a matéria pensou em mim porque minha filha está numa idade de se apaixonar... para eu ficar preparada. Agradeci a preocupação e não pensei mais no assunto.

Dias atrás chego da faculdade e, como é de costume, chamo minha filha única para conversar na cama. Ela muito calada, por ali..., com cara de quem precisa desabafar. Lá pelas tantas, depois de falarmos sobre o dia de cada uma, rirmos com besteiras, ela pára e diz: “Mainha, tô apaixonada.....(silêncio)”. Me veio à cabeça milhões de coisas em fração de segundos. Mas pensei em mim, em como eu queria ter tido essa oportunidade de contar sobre meu primeiro amor para minha querida mãe, que era muito careta. Daí falei: “Meu amor, que bonitinho, que coisa linda!!”, ela ainda envergonhada falou: “Eu pensei que tu ia brigar comigo..”. Ela não sabia que eu reformulei tudo que eu já havia pensado em apenas alguns segundos.

Mais alguns dias e ela me contou quem era o garoto, que era da escola, mais velho que ela, mas que era só paquera. Pensei novamente: “Que grande oportunidade eu estou me dando, ser confidente da minha bebê, que agora é pré-adolescente e daqui a pouco uma mulher”.

O primeiro amor a gente nunca esquece. Eu não esqueci!!!
Editado por Tacyana Viard
Observações: A fonte não estava no padrão, assim como a assinatura da matéria.

Um comentário:

Manuela Allain Davidson disse...

Paulaaa... amei seu texto! Lindo! E bem 'blog' :D Está perfeito, parabéns!