
Por Dulce Mesquita
do Feira Livre
A venda de ingressos meia-entrada no cinema será limitada a 30% do total de cada sessão. Esta é a proposta da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec). A idéia é levar ao Governo Federal um pedido de reavaliação das leis municipais e estaduais que instituem o desconto.
“O Estado não exige que as lanchonetes vendam sanduíches por metade do preço a estudantes. Por que exigir isso das salas de cinema?”, argumenta o vice-presidente da Feneec, Luiz Gonzaga De Luca, em entrevista ao portal G1. Segundo ele, o valor do ingresso é alto porque precisa cobrir o desconto dados aos estudantes. Nas 34 salas de exibição na Região Metropolitana do Recife o ingresso, nos finais de semana, pode custar até R$ 15.
Para a estudante Gabriela Falcão o limite nas vendas causa transtornos. “Então, quem chegar primeiro consegue comprar? E os outros não têm o mesmo direito?”, questiona. Ela também lembra que no show de Chico Buarque, realizado no Recife em abril, muitos estudantes tiveram que pagar inteira porque os ingressos meia-entrada postos à venda tinham acabado. “Isso é um desrespeito ao estudante. A meia-entrada é um direito adquirido”, frisa.
Para o presidente regional da União Nacional dos Estudantes (UNE), João Adolfo, a questão poderia ser resolvida se a emissão da carteira de estudante fosse regulamentada. “Atualmente muitas entidades entregam o documento. Por isso existe um excesso de carteiras em circulação, causando prejuízos para casas de show, teatros e cinemas”, explica. Desde 2001, a carteira de estudante passou a ser emitida por escolas, cursos e agremiações, além das entidades estudantis de representação nacional e estadual.
Dê sua opinião. Os ingressos meia-entrada devem ser limitados a 30% do total postos à venda?
Edição: Tacyana Viard
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