sexta-feira, maio 11, 2007

Pirataria

CDs e DVDs genéricos tomam conta da cidade


Por Guilherme Vila Nova
do Feira-Livre

O mercado informal cresce cada vez mais e vem tomando conta das ruas das cidades do país. Uma pesquisa encomendada por multinacionais como General Electric, Vivendi Universal, EMI Group e Microsoft, mostra que o Brasil é 4º lugar no ranking da pirataria, perdendo apenas para a Rússia, China e Índia.

Atualmente, cerca de 20 milhões de pessoas trabalham com esse tipo de mercado, que apesar de ser ilegal, acaba sendo uma forma de fugir do desemprego. “Eu vendo por dia cerca de 40 Cds e DVDs e minha renda no final do mês chega a dois mil reais”, diz o ambulante José Luiz, 43 anos, que está na atividade há cerca de três anos. Perguntado se esse tipo de mercado financiava o crime organizado e estava envolvido com lavagem de dinheiro, disse desconhecer o assunto e achava que era apenas boato.

Em algumas ruas do centro do Recife já não se vê mais as calçadas, as bancadas já tomaram conta de tudo. Enquanto um CD custa em média R$ 25,00 nas lojas, no mercado pirata, às vezes, chega a sair por menos de R$ 5 reais. “É mais vantagem comprar CD e DVD pirata, pois muita gente não tem condições de comprar um original e, além disso, é muito mais barato”, disse a estudante Priscila Tavares, 19.

No mês passado, numa ação conjunta da Polícia e da Receita Federal, foram apreendidos, só no camelódromo do Recife, cerca de 60 mil CDs e DVDs. Segundo a Receita, o prejuízo é incalculável. A verdade, é que esse tipo de comércio é ilegal e quem perde com isso são as gravadoras e os próprios artistas, que deixam de vender e os produtos chegam a ficar encalhados nas prateleiras das lojas.

Edição: Tacyana Viard

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