segunda-feira, novembro 20, 2006

Alcoolismo: doença séria

Por Izabel Cabús
Do Feira-Livre


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o alcoolismo afeta 15% da população brasileira. Esse problema começa desde cedo, pois os índices entre adolescentes que consomem álcool ou alguma substância alcoólica são grandes.

O exemplo do personagem, Ubirajara Rangel, da novela Páginas da Vida, interpretado pelo ator, Eduardo Lago, mostra a dura realidade do alcoólatra e da família, que também vira uma vítima da doença, sofrendo junto com o dependente de bebidas alcoólicas.

Para S. D., o maior sofrimento era ver o pai chegar bêbado em casa. “Quando meu pai chegava em casa ficava muito triste, pois ao invés de parar ele continuava bebendo. Ainda bem que ele se tratou e não bebe mais. Esse foi o maior presente que recebi dele”, revela emocionada.

O pai e ex-alcoólatra, G. D., lembra o quanto foi vítima da doença. “Na época em que bebia não conseguia parar, era um consumo constante. Todos da família, não só minha filha, ficavam mal com minha situação. Foi quando resolvi ir ao A.A. para me curar. Hoje não tomo nenhuma bebida alcoólica”, comenta.

Os Alcoólicos Anônimos, mais conhecidos como A.A., são uma organização que promove encontros de auto-ajuda para os dependentes de bebidas alcoólicas, que permanecem anônimos. Esta é uma política do A.A. Além desse trabalho, a organização incentiva a leitura de livros sobre o assunto, esclarecendo os efeitos que o consumo excessivo de álcool causa no organismo.

Outro ponto de referência no tratamento da doença é o Hospital Geral da Mirueira (HGM), em Paulista, Pernambuco. No Hospital, os pacientes são desintoxicados e reabilitados durante um período de três meses através do Faget [?]. O tratamento também se estende para a família com o AL-ANON, que é um grupo de ajuda às famílias de alcoólatras, pois os efeitos do álcool afetam aos mais próximos do dependente.

De acordo com a psicóloga Amélia Alves, o sofrimento dos familiares é bastante preocupante. “Normalmente, quando um consumidor assíduo de álcool bebe além do que o organismo suporta, perde o domínio consciente de si, e pode cometer atos violentos, brigas desnecessárias, entre outras coisas. Isso afeta psicologicamente os familiares e principalmente as crianças”, explica.

Por isso, todo cuidado com o álcool é pouco. O consumo moderado não faz mal a ninguém, mas merece atenção quando começa a ser constante e descontrolado, afetando o consumidor e seu próximo.

Mais informações:
Associação dos Alcoólicos Anônimos (A.A.)
tel.(81) 3221.3592

Hospital Geral da Mirueira
tel.(81) 3437.1888

Ajuda para familiares e amigos de alcoólicos (AL-ANON)
tel.(81) 3224.9471


ENTREVISTA POR MOAB AUGUSTO

3 comentários:

Anônimo disse...

Bel,
show a sua matéria. Parabens. Vou tomar uma para saborear este texto. Heheheehehe. Beijos minha talentosa.
Joffre

Manuela Allain Davidson disse...

Bel, seu texto está consistente, interessante e traz o serviço para internautas interessados no tema, levando em conta que eles podem estar em qualquer parte do Brasil ou do mundo (DDD 81). Cuidado apenas com o uso exagerado de vírgulas - às vezes desnecessárias - e adjetivos.

Manuela Allain Davidson disse...

Moab, muito boa a sua entrevista!! Você é outro que teve dificuldade pra caramba pra conseguir levar esse material para o ar, mas no final, conseguiu! Parabéns pela determinação e pelo produto final ;)