Plantão Médico

Por Marinna Duarte
do Feira - Livre

Ambulâncias chegam a cada 5 minutos, um paciente mais preocupante que o outro. E com um hospital de estruturas precárias, o atendimento têm que ser urgente, e cabe ao médico escolher quem esta sofrendo mais naquele momento.

As emergências 24h da região metropolitana do estado de Pernambuco são verdadeiros caos, sem medicamentos e recursos, com poucos leitos e muitos acidentados.De um lado uma criança chora por conta de uma gripe forte, do outro um rapaz baleado sofre perda de sangue, e entre eles plantonistas tentam fazer o seu melhor nas condições que lhes são dadas .

O medico de plantão do hospital da restauração Renato Melo fala que, cada minuto numa emergência 24h é decisiva, “Você esta sempre em constante tenção, dificilmente existe momento de descanso. Dia de feriado ou alguma data comemorativa as complicações se multiplicam”.

Com trabalhos corridos das 18:00h ate ás 06:00h da manhã seguinte, os médicos lutam contra o tempo para salvar vidas e com inimigos feito o sono, o estresse de situações realmente precárias e situações nada fáceis de resolver. Como foi o caso de uma criança de três anos que chegou lá no plantão do dia nove de maio de 2007 às 02:00h da manha toda queimada pelo padrasto bêbado que com raiva do choro dela, jogou álcool e ateou fogo na frente de sua mãe que desesperada pegou a filha e levou para o plantão as pressas.

“Nos plantões chegam emergências assustadoras, que alem de atingirem nosso lado profissional diretamente, exigindo nosso máximo de profissionalismo e técnica. Muitos casos atingem principalmente nosso emocional, que saímos daqui após uma noite de plantão com as verdadeiras visões do que os homens são capazes, e como são frágeis diante da vida”.- afirmou Dr Renato melo , plantonista do hospital da restauração na noite de 9 de maio de 2007.


Edição Cecilia Brissant