segunda-feira, abril 23, 2007

A marginalidade dos poetas

Por Alexandre Acioli Jr. e Paula Regina
Do Feira-Livre


O cantador de amor e de lama morre aos 49 anos. Vítima de um dos ritos de passagem, Erickson Luna pôde fazer chover num lugar maior do que Santo Amaro. Seus poemas não são muito divulgados como sua personalidade, mas trazem o alento necessário ao estudante de História Rodrigo Chavés “A coisa que mais me recordo de Luna era sua forma de traduzir tanta sapiência em humildade. Não só na escrita, mas na vida”.
“Erickson era visto como o sujo, mas sei o quanto era limpo de idéias. Muitos o olhavam com desdém, talvez com a preferência de omitir a sua própria personalidade”, desabafa a Socióloga Val Peregrino. Assim como Erickson outros poetas continuam à margem da sobriedade da sociedade.
Não é difícil encontrar este poeta a partir da sua frase: “Compartilhe comigo minha poesia”. Há mais de dez anos compartilhando poesia, o Poeta Haroldo divulga suas obras em formato de panfleto sobre temas existenciais, feministas, pós-modernos. Pode-se dizer que ele é um visionário na arte da investigação do nada como direção infatigável da busca da natureza do ser.
Haroldo faz parte da seção da sociedade que tenta desconstruir o paradigma econômico e cultural da América Latina, caracterizado pelos bens de consumo e acúmulo de excedente. “O Estado deveria melhorar em as políticas de incentivo financeiro para quem tenta se manter de a arte, sem muita burocracia”, expõe o Poeta.
Nas terças e quintas, seu percurso é Rua da Matriz, para se alimentar no Bar da Cleide, depois Rua do lazer e Teatro do Parque. Todavia, ele não se restringe somente a esses espaços. Nos finais de semana, em sua casa, ele se debruçar ao estudo relativo às línguas e às escritas alemã, francesa, italiana, espanhola, inglesa.


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