sexta-feira, novembro 10, 2006

Violência contra mulher

Por Priscilla Nogueira
para o Feira-Livre

Estamos no século XXI. Ao longo de todos os anos D.C a mulher ainda se ressente da discriminação em todos os sentidos. Quer como empresária, operária, esposa, companheira, mãe etc. Na nossa cultura o machismo impera como na idade da pedra, com suas exceções, é claro!

No Brasil as conquistas das mulheres [remover], apesar dos índices indicarem melhora, ainda se mata mulheres de uma forma banal, dentro de sua própria casa e muitas vezes na frente dos filhos, como exemplo, o caso de Flávia [sobrenome?] que, o marido não aceita a separação. Com [remover] uma vara medindo um pouco mais de 2 metros, que era usada para suspender o varal da casa de Flávia, virou uma arma nas mãos do companheiro. Flávia conta que Joelso Marciel da Silva, 19 anos é muito ciumento e não aceita a separação. Por causa disso ela já foi agredida várias vezes e ameaçada. A última foi cerca de 15 dias, à pauladas, e Flávia foi salva pelos vizinhos. Por conta das ameaças ela perdeu o emprego de diarista e agora mora na casa de amigos. Flávia conta que não teve o apoio que esperava da polícia, procurou a Delegacia das Mulheres de Santo Amaro e não foi atendida. Segundo a Delegada Dra. Cláudia Molina, o crime só pode ser registrado na cidade de Abreu e Lima onde aconteceu o fato e a delegacia procurada só atende casos nas cidades de Recife e Olinda. Ela comprova a agressão por meios de fotografias e o exame de corpo de delito, e agora quer justiça, o vendo pagar por tudo.

Os índices do Fórum de Mulheres de Pernambuco constatam que 263 mulheres já foram assassinadas até outubro2006, quantidade essa que se iguala ao somatório total do ano passado, quando foram registrados 290 crimes. Para se ter uma idéia, em apenas quatro anos foram mais de 1500 mulheres mortas no estado de Pernambuco.

Será enviado para votação na Assembléia Legislativa o projeto de Lei que garante o funcionamento de uma Vara especial, no Recife, para o combate a violência doméstica, benefício este trazido pela Lei Maria da Penha, que entrou em vigor no dia 27 de setembro [de que ano?].

Para se ter uma idéia da barbaridade existente é que esse grupo de mulheres, na sua maioria são negras, pobres e semi-analfabetas e necessitam dos respectivos maridos para sua manutenção e dos filhos, motivo pelo qual muitas vezes a violência é feita e o judiciário não toma conhecimento, em virtude de necessidade de um pão na mesa.

Com a Lei Maria da Penha as penas serão bem mais severas e rigorosas, tendo em vista que as queixas não poderão ser retiradas e as penas alternativas com doações de cestas básicas a instituição de caridade não existirá mais, podendo o agressor pegar pena de 3 meses até 3 anos de prisão.

Como complemento a citada Lei, determina que profissionais de saúde, como médicos, psicólogos e assistentes sociais dêem respaldo a essas mulheres, para que a mutilação não tire a cidadania psíquica das mesmas.




Por Eduardo Gonçalves

2 comentários:

Manuela Allain Davidson disse...

Priscilla, aqui você também teve um bom tema para trabalhar, conseguiu inclusive uma boa personagem, mas pecou na finalização do texto.Termos genéricos, opinativos, erros de concordância, uso de numerais ao invés de escritos por extenso, cacos de informação obstruindo a fluidez do texto... As informações são até bem interessantes, mas você pode fazer melhor. Ficam os toques pro futuro :)

Manuela Allain Davidson disse...

Legal a entrevista com o coletivo Mulher Vida, Eduardo! Parabéns!