segunda-feira, abril 30, 2007

Cinema

Cine PE: várias pessoas, um só estilo.
Por Tacyana Viard
do Feira - Livre

O Cine PE, Festival do Audiovisual de Pernambuco, encerrou a 11º edição ontem, premiando os melhores trabalhos apresentados durante a semana. Foram sete dias de agito no Centro de Convenções de Olinda. Estima-se que aproximadamente 2,5 mil pessoas tenham ido ao festival todos os dias.

O público também foi destaque do evento. A maior parte era formada por jovens que, de modo amplo, têm gostos parecidos. São pessoas que se consideram alternativas, desde o modo de vestir às idéias. A turma dos descolados abandonou os tradicionais points da cidade - leia-se bares mais aconchegantes, baratos e com sons alternativos – para se divertir no Cine PE.

As roupas denunciavam um traço da personalidade: o estilo. Nada de saltos, escovas no cabelo ou nas franjas e superproduções no que diz respeito à maquiagem. Mas isso não significa dizer que o público não se preocupa com a estética. Preocupa-se sim! Para os mais ousados, calças quadriculadas, tênis (na maioria All Star) e muito colorido. Os mais discretos também não passaram despercebidos. Nas roupas mais “básicas” era o adereço que dava o tom do traje, seja por mulheres usando gravatas ou homens usando grandes colares.

A afinidade também estava no modo de pensar. São pessoas que fogem do glamour das produções hollywoodianas. Dão mais valor a produções que retratam temas e que exigem maior crítica e conhecimento por parte do telespectador. É enfim, o ponto de encontro da turma cult do Recife.



Produção de vídeo por Luciana Menezes

quinta-feira, abril 26, 2007

Clima

Chuvas causam transtornos no Grande Recife

Por: Tito Pedroza
do Feira-livre

As chuvas que atingiram a Região Metropolitana do Recife (RMR) nas últimas semanas causaram transtornos como ruas alagadas, trânsito complicado com alguns acidentes e até quedas de barreiras em algumas áreas de morro.

Segundo dados do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (LAMEPE), a previsão para o Grande Recife, no período de Maio a Julho de 2007, é de precipitação acumulada com valores dentro da categoria normal. Existe ainda a possibilidade de chuvas intensas, concentradas em poucas horas e poucos dias, principalmente, na Zona da Mata e Litoral.

A Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir) explicou que o órgão está trabalhando, de forma conjunta com os demais órgãos, na prevenção de acidentes em áreas de morros do Recife. “Agora no mês de abril estamos trabalhando de foma preventiva através da Ação Varredura. Técnicos da Defesa Civil, Emlurb, Urb, Secretaria de Saneamento e Secretaria de Assistência Social estão fazendo vistorias nos morros e ruas", disse a diretora da Codecir, Nina Brito.

Já a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) informa que a maioria das ligações para o órgão é para solicitar a reposição de lona plástica e vistoria nas áreas de risco, principalmente em Jaboatão dos Guararapes, onde nos últimos dias ocorreram deslizamentos de barreiras em 4 pontos da cidade.

Serviço:
Codecir - 0800-813400
Codecipe - (81) 3425.2490
Bombeiros - 193


Edição de Texto - Dulce Mesquita

Produção de Áudio - Paula Regina









terça-feira, abril 24, 2007

Telefonia móvel

Celular: necessidade e incômodo

Por Dulce Mesquita
do Feira - Livre

Não há dúvida de que o celular passou a ser uma ferramenta indispensável no dia-a-dia. Além ligar e receber chamadas, ele também serve como agenda, despertador, calculadora e câmera fotográfica e permite o acesso a Internet. Mesmo com toda esta tecnologia, há pessoas que preferem não usar o parelho ou deixa-lo sempre desligado. As principais reclamações são de falta de privacidade e o incômodo das chamadas em locais e horários inconvenientes.












Produção de Áudio por Dulce Mesquita

Festival Audiovisual movimenta Pernambuco

Por Tacyana Viard
do Feira-Livre

Os amantes do cinema já podem se preparar para comer bastante pipoca. É que começa hoje a 11ª edição do Festival do Audiovisual, o CinePE 2007. Até o próximo domingo, 2.400 pessoas devem marcar presença todos os dias no cineteatro do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Este ano, o Festival homenageia a atriz Patrícia Pillar e o diretor de Fotografia Dib Lutfi.


Durante o festival, serão exibidos aproximadamente 52 filmes que concorrem em: curtas digitais, longas - metragens e curtas – metragens. Pernambuco não concorre à categoria de longas, mas está representado em cinco curtas. Virão para a disputa produções de todo o país: Ceará, Paraíba, Minas Gerais, Brasília, são Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.


Entre os jurados estão o diretor de Trilhas Musicais para Cinema André Moraes, o produtor e diretorde Cinema e TV Marco Altberg, o roteirista de Cinema Bráulio Tavares, a atriz de cinema, TV e teatro Laona Cavalli, a diretora de Fotografia e professora de Cinema Kátia Coelho e a diretora, montadora, roteirista e professora de Cinema Mirella Martinelli.


Uma programação paralela também acompanha o Festival. Há a Mostra Infantil, Mostra Fernando Solanas, além de Seminários e Oficinas que serão realizadas durante a semana.



HISTÓRICO- criado em 1996, o CinePE atraiu profissionais ligados à Sétima Arte para o Estado. O balanço feito pelos organizadores contabiliza um público estimado em 200 mil pessoas, 353 curtas e 155 longas exibidos e 36 oficinas com 720 participantes.




Serviço - CinePe 2007

Segunda a Sexta, às 18h30

Sábado e Domingo, às 18h

Ingressos à venda nas lojas BR Mania, no valor de R$ 8,00 e R$ 4,00 (estudantes)






Mídia

Televisão vs Ética: O controle está nas suas mãos
Por Priscilla Aguiar
do Feira-Livre
A fórmula é simples. Sensacionalismo + Público - Ética = Ibope + Dinheiro. Não é necessário ser um gênio da matemática para entender o motivo pelo qual a televisão brasileira dedica um amplo espaço na sua rede a programas de entretenimento como realitys shows e espetaculos que alguns apresentadores encenam diante das câmeras. Alguém que teve a oportunidade de acompanhar, ao menos uma vez, o teste de fidelidade do programa do João Kleber, em que ele contrata um ator do sexo oposto ao da pessoa "testada" para seduzi-la e avaliar a sua fidelidade, não deve ter tido muita dificuldade em imaginar uma grande farsa por trás de tudo aquilo. Quem estaria disposto a se expor de tal forma diante de todo o Brasil? O João Kleber certamente não.


Não é preciso muito para se indignar com a exposição sofrida pelo ser humano diante das telinhas. O dificil é acreditar que as pessoas se divertem com isso. Pimenta nos olhos dos outros é refresco, já dizia o velho dito popular, mas a questão a ser levantada é: Que tipo de coisa as emissoras estariam dispostas a fazer para superar o concorrente? Para evitar que as possibilidades de respostas para essa questão venham a nos surpreender seria indicado ao menos um pouco de ética, se não de quem coloca esse tipo de conteúdo no ar, daqueles que fazem com que permaneçam.

O programa do João Kléber, na Rede TV, foi retirado do ar, no dia 24 de outubro de 2005, depois de sofrer uma ação do Ministério Público Federal, em conjunto com 6 organizações não governamentais, acusado de discriminação e violação dos direitos humanos. Em seguida a emissora demitiu o apresentador e tirou o programa "Tarde Quente" do ar, cedendo, obrigatoriamente, o horário do programa para entidades sociais. Depois de sua saída da Rede TV!, João Kleber se mudou para Portugal, onde apresenta o programa Fiel ou Infiel às sextas-feiras na TVI.

Foto: Reprodução/Orkut
No orkut, as comunidades "Eu odeio o João Cleber" e "Eu amo João Kléber / Cleber" têm 1.682 e 55 usuários, respectivamente.

segunda-feira, abril 23, 2007

Ai esse celular

O aparelho celular para é uma ferramenta indispensável tanto para vida profissional como para a pessoal, no entanto esse pequeno aparelho é motivo de aperreio e raiva para algumas pessoas que não agüentam mais ouvir essa “coleira eletrônica” que toca a toda hora, para todas as funções que possui, receber mensagem, mudar de hora, até no silencioso ele faz barulho, é nessa situação que o motorista Robson da Silva que além de não gostar dessa minitecnologia que tira sua liberdade e só faz atrapalhar,"As vezes eu quero fazer algumas coisa escondido e minha mulher liga bem na hora. Eu não gosto de ser encontrado, não", disse o motorista.
Hoje ter celular é uma questão de necessidade é um mal necessário, que curiosamente você “precisa” manter e cuidar como se fosse um filho, você gasta dinheiro com crédito ou contas de telefone, tem que carregar para não perder alguma ligação que venha a ser importante, manter sempre atualizado para puder contatar alguém no momento certo, entre outras necessidades “básicas” de um aparelho celular.

Situações curiosas...

- Quando alguém fecha você no trânsito e quando você olha para o(a) motorista lá está ele(a) falando no celular.

- Quando alguém fala alto perto de você quando estiver no celular.

- No cinema, no meio do clímax do filme o celular de alguém toca ou então é algum engraçadinho tocando alguma musica besta para irritar os outros.

- Você vai gastar menos até na conta do telefone fixo, o dinheiro que é gasto com celular da para ser aproveitado de uma maneira mais inteligente, faça um passeio, uma viagem, um jantar, cinema já pensou nisso?

- O três segundos que cada palavra é uma respiração, esse irrita qualquer um.

Bate-papo


Foto: Tiago Areias/Feira-Livre
O Encontro

Por Tiago Areias
do Feira-Livre

Uma fila quilométrica e 15 minutos me separava do encontro mais esperado do ano. Na entrada, uma carta apaixonada, assinada por Amélia, um suposto ex-amor pernambucano, era distribuída por algumas pessoas em forma de protesto contra o alto preço do ingresso. Nas poltronas, a enorme quantidade de publicidade entregue na porta do teatro servia como alento, no improviso ao ar-condicionado quebrado. As 21h15, depois de vários aplausos e muito calor, Chico Buarque de Hollanda sobe ao palco a abre sua terceira apresentação no Recife.

Na segunda fila, o Governador do Estado de Pernambuco, dono de olhos tão azuis quanto o do cantor carioca, aguardava sentado o início do espetáculo. Ao meu lado, dois jovens se indagavam sobre o repertório. “Mambembe? Essa eu não conheço”, contava. “É uma bem famosa pow! Tu vai ver”, respondia. Entoando Lamartine Babo, com Voltei a Cantar, Chico abre a apresentação, e em seguida, canta Mambembe. Confesso, tive vontade de dizer: “essa é Mambembe”. Após o “boa noite” para o público, Chico entrou no repertório do CD Carioca.

Lá pelas tantas, três garotas sobem ao palco e agarram o cantor. Ele abre os braços e, em meio ao cenário Carioca, transforma-se no maior símbolo turístico daquela cidade.

Novamente, ao meu lado, sou incomodado constantemente por um “u-hu!”. Lembra daqueles que não sabiam sobre Mambembe? Pois é, eles sabiam muito de “u-hu!”. Ainda assim, arriscaram formar um coro com o teatro cantando “Bye, bye, Brasil”. Ah, já ia me esquecendo, em trechos desta música o publico gargalhou com o cantor. Eram eles: “Aqui tá fazendo calor, deu pane no ventilador” e “Eu vou dar um pulo em Manaus. Aqui tá quarenta e dois graus”, ironizava.

Entre sucessos, novas músicas, “u-hus!” e duas voltas ao palco para o bis, Chico encerrou o espetáculo, ovacionado e com mais de três mil pessoas, cantando João e Maria.

Assista a abertura do show

Produção de Vídeo: Tiago Areias

A marginalidade dos poetas

Por Alexandre Acioli Jr. e Paula Regina
Do Feira-Livre


O cantador de amor e de lama morre aos 49 anos. Vítima de um dos ritos de passagem, Erickson Luna pôde fazer chover num lugar maior do que Santo Amaro. Seus poemas não são muito divulgados como sua personalidade, mas trazem o alento necessário ao estudante de História Rodrigo Chavés “A coisa que mais me recordo de Luna era sua forma de traduzir tanta sapiência em humildade. Não só na escrita, mas na vida”.
“Erickson era visto como o sujo, mas sei o quanto era limpo de idéias. Muitos o olhavam com desdém, talvez com a preferência de omitir a sua própria personalidade”, desabafa a Socióloga Val Peregrino. Assim como Erickson outros poetas continuam à margem da sobriedade da sociedade.
Não é difícil encontrar este poeta a partir da sua frase: “Compartilhe comigo minha poesia”. Há mais de dez anos compartilhando poesia, o Poeta Haroldo divulga suas obras em formato de panfleto sobre temas existenciais, feministas, pós-modernos. Pode-se dizer que ele é um visionário na arte da investigação do nada como direção infatigável da busca da natureza do ser.
Haroldo faz parte da seção da sociedade que tenta desconstruir o paradigma econômico e cultural da América Latina, caracterizado pelos bens de consumo e acúmulo de excedente. “O Estado deveria melhorar em as políticas de incentivo financeiro para quem tenta se manter de a arte, sem muita burocracia”, expõe o Poeta.
Nas terças e quintas, seu percurso é Rua da Matriz, para se alimentar no Bar da Cleide, depois Rua do lazer e Teatro do Parque. Todavia, ele não se restringe somente a esses espaços. Nos finais de semana, em sua casa, ele se debruçar ao estudo relativo às línguas e às escritas alemã, francesa, italiana, espanhola, inglesa.


Escute parte da entrevista






















Poesia



Canto de amor e lama I
Erikson Luna (1958-2007)

Choveu
e há lama em Santo Amaro
nas ruas
nas casas
vós contornais
eu não
a mim a lama não suja
eu sou a lama das chuvas
que caem em Santo Amaro

Vosso scotch
pode me sujar por dentro
cachaça não
vosso perfume
pode me sujar por fora
suor nunca
porque sou suor
a cachaça e a lama
das chuvas caem
em Santo Amaro da Salinas


Edição de Texto - Dulce Mesquita

sexta-feira, abril 20, 2007

Novos feirantes chegam para fazer barulho

Da Redação

Um novo semestre e muitas idéias brilhantes para serem colocadas em prática. Conheçam a nova turma de feirantes do blog experimental Feira-Livre. São 27 jovens entusiastas que em breve estarão se formando jornalistas - loucos, artistas...

Neste espaço, a turma do 7º período de Jornalismo Online da Faculdade Maurício de Nassau (Recife) experimenta a correria das redações web, vivenciando na prática os apertados deadlines e a necessidade do construir a informação em multimídia e lógica não-linear.

A credibilidade do conteúdo que produzem e também a forma como disponibilizam esse material demandam cuidados redobrados. Afinal, o objetivo final do comunicador é se fazer compreendido.

Aos novos feirantes, as boas vindas.
Aos novos leitores, voltem sempre para comentar.

É na crítica construtiva que são lapidados os novos talentos!

Prof. Manuela Allain Davidson